A nomeação de uma Comissão, constituída por técnicos da ANA, da Superintendência de Recursos Hídricos da Bahia e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, por meio da Resolução da ANA nº 10 de 25.04.2001, foi o marco inicial da busca da estruturação do Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos na bacia do Verde Grande.

      Em abril de 2001, na cidade de Janaúba, foi realizado o seminário "Formulação do Plano de Estruturação da Gestão dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio Verde Grande", o qual buscou apresentar e debater com a sociedade local a proposta de implementação do projeto piloto. Nesse seminário, que contou com a presença de cerca de 170 participantes representando várias instituições municipais, estaduais, federais, associações de usuários, lideranças comunitárias, organizações não governamentais, entre outras, foi constituída uma comissão local de mobilização, cujo objetivo caracterizou-se por deflagrar processo de mobilização com vistas à formação do Comitê da Bacia e a definição da necessidade de estruturação de um Escritório Técnico na referida bacia.

      A partir das discussões desencadeadas priorizou-se a realização da I Expedição da Bacia do Rio Verde Grande, objetivando:

      * Reunir os diferentes segmentos da sociedade e discutir com eles alternativas para a solução dos problemas ambientais atuais;
      * Trazer à luz a discussão sobre a lei 9.433/97;
      * Mobilizar as comunidades locais para a formação do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Verde Grande.

      Durante 12 dias foram percorrendo mais de 500 Km da extensão do rio Verde Grande, desde a sua nascente no distrito de Alto Belo, zona rural do município mineiro de Bocaiúva até a comunidade de Cana Brava, em Malhada, na Bahia, onde o Verde Grande deságua no rio São Francisco.       Técnicos da ANA, de vários órgãos governamentais dos Estados de Minas Gerais e Bahia, representantes dos municípios que compõem a bacia e membros de organizações não governamentais ligadas ao meio ambiente acompanharam a Expedição e puderam conhecer algumas faces da realidade da população que vive e sobrevive na região. Pôde-se concluir que a partir da Expedição a mobilização social tomou um forte impulso, sendo firmado compromissos mútuos entre o Estado e a Sociedade e geradas muitas expectativas.